domingo, 10 de agosto de 2014

Professores de Impacto

Quero continuar o série sobre educação com uma ponte. Uma ponte onde todos os alunos e professores gostam e querem fazer o que fazem... Todos os dias, e sem baderna.  

Que derrame água fria quem terminar de ler esse post e não pensar sobre o assunto. 

Para começar vamos com uma frase horrível de Frans Kafka:

"Toda a educação assenta nestes dois princípios: primeiro repelir o assalto fogoso das crianças ignorantes à verdade e depois iniciar as crianças humilhadas na mentira, de modo insensível e progressivo."

Imagem do site 
www.paratudoproductions.com
Pára Tudo! Significa que primeiro destruímos a curiosidade das crianças, e depois, com elas humilhadas e não sabendo de nada, nós, terríveis adultos, enfiamos guela abaixo nossas mentiras? Isso é um absurdo, certo? 

Infelizmente, não. A nossa cultura, oriunda do militarismo e da religião, empurra o pensamento unificado (industrial, na linha de produção) aos nossos novos cidadãos do mundo. 

Quando crianças, é comum censuramos brincadeiras, prepara-las para a vida adulta e acabar com a sua criatividade. Criança vem do Latim creare, “produzir, erguer”, relacionado a crescere, “crescer, aumentar”, do Indo-Europeu ker-, “crescer”, do blog Origem da Palavra.  sabia? Então ser criança é ser criativo, inventivo? Se sim, então eu conheço algumas crianças de 50 anos ou mais... e tem uma que me olha no espelho todos os dias de manhã...

Na verdade, a única coisa que prepara a criança para a vida adulta é ela ser criança, inventando suas brincadeiras, brincando com outras crianças e aprendendo a resolver seus próprios conflitos. Ou ainda inventando novos brinquedos e aprendendo como as coisas funcionam. E é por sermos uma espécie adaptável, criativa e tudo mais que chegamos onde estamos, em termos de desenvolvimento. 


Por isso que sou a favor de implodirmos o sistema como ele é, inclusive com os métodos utilizados.
José Pacheco (com a placa)
idealizador da Escola da Ponte
Deveríamos quebrar os vergalhões das grades curriculares. Como faz a Escola da Ponte, em Portugal. (Depois de ler e comentar esse artigo, te desafio a ir no Google e dar uma olhadinha lá; continuando)... 

Mas isso não significa diminuir os padrões e ensinar menos. Significa deixar que as crianças, e os adultos também, sejam para sempre crianças. Utilizar o que se mata, como força para que as próprias crianças estudem sobre o que tem curiosidade. Mas isso não faria com que as crianças só olhassem para o que lhes interessa, ao invés de aprender o que se deve saber para a vida em sociedade?

Okey, isso faria com que algumas coisas que empurramos para as crianças que são completamente inúteis fossem deixadas de serem lecionadas. Por que uma criança de 11 anos precisa aprender o que é dígrafo?

Acredito que o conhecimento está mais para uma aventura tipo Nat-Geo do que um prova xerocada, ou uma apostila.  E sendo assim, ao estudarmos uma coisa, fatalmente chegamos a outra coisa. Por exemplo: 

Música = Matemática + Português. E ao saber como um instrumento funciona: física, química, por vezes biologia (botânica). E o Satrdivarius? Da pra falar de literatura... 

História é irmã de geografia, e geopolítica, e matemática, e português, e música... E filosofia...

Ao estudar as caravelas, da para dizer das naus que conquistaram o novo mundo. Mas se viagens demoravam meses, e não havia geladeira; como conservaram os alimentos? E a força para empurrar os barcos que vem dos ventos do mar, que é aquecido pelo sol, que gera o vento, que também estimula as correntes marítimas,  que alteram a temperatura dos lugares. O que faz com que os países mais frios precisem de gás para se aquecerem. Gás esse que tem lá no oriente médio, bem nas zonas de guerra. O povo do oriente no passado eram grandes navegadores e influenciaram os europeus, como o Marco Polo, de Veneza, chamada A porta do Oriente, que levou o macarrão da China para a Itália. O macarrão vai bem com molho de tomate, que só foi descoberto na América, por conta das navegações ao novo mundo, feitas com caravelas... E por aí vai. 

Em um parágrafo eu mesmo não consigo contar por quantas matérias passamos.

Meu pai me disse uma vez que o conhecimento não tem divisões. A divisões são apenas pedagógicas. Acho que ele tinha razão. 

A arte de trocar de matéria dentro do mesmo assunto chama-se transliteração. Que, para variar é utilizada nas provas, mas não no ensino. Ou seja, ensinamos que cada matéria é um assunto completamente independente do outro, mas cobramos que os alunos por si só saibam a integração entre eles, no momento em que são avaliados. 

Utilizando a criança como criança, temos o ímpeto de saber, de aprender e de pesquisar, que naturalmente pôs a humanidade em seu lugar de hoje. 

Olhando para o presente, inventamos um mundo muito mais interessante do que os livros "didáticos" e o método tradicional de ensino.

Há que se ter coragem para que o sistema prepare uma geração capaz de implodir o próprio sistema. E é aí onde mora o impecílio todo. Quem poderia deslocar a janela de Overton sobre esse assunto? Se não o governo...

Entretanto, se nós, incorrigíveis românticos da educação formos a luta, talvez isso mude.


Deixe seu comentário, marque sua reação ali em em baixo, e se você gostou do texto, ajude esse blogueiro meio doidão e que não sabe de nada (inocente) compartilhando esse post. 

Até os próximos 5inco minutos!

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Diga-nos o que pensa! Tell us what are you thinking!